Já te falei que no universo jurídico nem tudo é extremamente rigoroso!
Hoje resolvi compartilhar alguns acontecimentos inusitados, encontrados em processos judiciais.
(Todas as notícias relatadas abaixo foram extraídas do site: http://www.migalhas.com.br)
Juiz manda intimar a parte pelo WHATSAPP
Tem juiz tentando inovar no mundo jurídico. Na cidade de Presidente Médici, em Rondônia, um juiz colocou em sua decisão, que a autora fosse intimada “pelo meio menos oneroso e rápido”, indicando as tecnologias possíveis como por exemplo: e-mail, telefone e até o WhatsApp, conforme decisão abaixo:
Oficial de Justiça diz que não fez curso de advinhações
A atividade dos Oficiais de Justiça já não é tão fácil, e fica ainda mais difícil, quando eles tem que efetivar uma citação e o processo não contem endereços do réu. Foi o que constatou um servidor de Campina Grande/PB, que foi incumbido de fazer uma citação da parte, só que o processo não continha endereços, então ele relatou em sua certidão:
Oficial de Justiça diz que não encontrou pessoa nem no FACEBOOK
Mais uma inovação no mundo jurídico. O oficial de Justiça da 5ª Vara Cível da Comarca de Presidente Prudente/SP, inovando nas tentativas de localização da parte, certificou em seu mandado que também não encontrou o devedor nem no Facebook:
“CERTIDÃO – MANDADO CUMPRIDO NEGATIVO CERTIFICO eu, Oficial de Justiça, que em cumprimento ao mandado nº 482.2014/044559-4 dirigi-me a avenida Raul Furquim, mas não consegui localizar o nº 40. A numeração não é regular, mas segue uma sequência lógica. A pessoa é desconhecida nos arredores. Também não encontrei o requerido no Facebook. O referido é verdade e dou fé. Presidente Prudente, 23 de setembro de 2014.” (grifos nossos)
Réu que se “transforma em toco”
Como já relatei, a atividade dos oficiais de justiça já não é nada fácil, imagina as peculiaridades que eles tem que enfrentar em alguns casos.
No processo que tramita na comarca de Brasília de Minas/MG, o advogado recomendou ao oficial de justiça “prudência, bom zelo e cuidado” para quando for realizar a citação do réu, dono de um livro de São Cipriano, que consegue se transformar em toco, “ou mesmo se esconder de trás de um cabo de enxada“.
Réu que toma “pinga do sarava” e some
No processo da comarca de Aquidauana/MS, a oficial de justiça conta que deixou de citar o réu, pois foi informada pela ex-companheira dele que, ele “tomou pinga do saravá em uma encruzilhada, ficou louco e sumiu“. A oficial ainda ressaltou: “O referido é verdade e dou fé.“
Juiz chama advogada de preguiçosa
Ao sentenciar um processo em que uma técnica de enfermagem cobrava diversas verbas trabalhistas, o juiz do Trabalho substituto, Ricardo Menezes Silva, do ES, criticou em sua decisão a preguiça e falta de ânimo de uma advogada por não apresentar um documento específico:
“Desculpe-me, mas a preguiça é invencível e contagiante. Se a advogada da reclamante não tem ânimo de exibir o indispensável documento, nem se digna de indicar, ou transcrever, a cláusula do tal dissídio que respalda a pretensão de reajustamento salarial, não compete ao juízo suprir a negligência da mandatária.”
Neste caso a OAB/ES ofereceu representação no TRT da 17ª região em face do magistrado, requerendo que ele sofra as sanções devidas por seu comportamento com o entendimento que houve violação do dever de urbanidade.
Ainda ressaltou o presidente da seccional, Homero Junger Mafra, que “Com seu agir grosseiro e deselegante”, o juiz “ultrapassou todas as normas de civilidade que devem nortear as relações entre magistrados e advogados”.
Até sexta!