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Fotografia Clique a Clique – Prioridades e a Interação das Variáveis

Já entendemos como utilizar cada recurso de nossas câmeras para balancear corretamente a exposição, certo? Não? Então entenda-os nos links abaixo, e depois volte aqui:

Agora você já releu, aprendeu e domina direitinho o ISO, a velocidade do obturador e a abertura do diafragma. Mas por quê eu uso cada um dos recursos? Por quê não posso fotografar sempre com ISO mínimo, velocidade alta e ampla abertura? Por quê temos tantas opções? Eu caso ou compro uma bicicleta? Qual o sentido da vida, do Universo e tudo mais? Prometo responder à todas essas perguntas!

Por quê temos tantas opções?

Calma, pode parecer um bixo de sete cabeças… e É! Mas só no começo, com a prática dominamos cada um desses recursos e aprendemos a hora e lugar para utilizá-los, é tudo questão de prioridade.

interação_jatefalei-8É nesse momento que o elemento humano emerge na fotografia, você possui uma gama infinita de possibilidades e deve escolher uma. Isso mesmo, você tem o momento decisivo do clique para decidir como quer interpretar e registrar aquela cena que está se passando diante de seus olhos e muita coisa muda em milésimos de segundos.

interação_jatefalei-11Podemos perder o sorriso perfeito de uma noiva, o olhar profundo de uma mãe (ou pai), o bocejo lindo de um recém nascido ou o lance decisivo de uma partida de futebol. Podemos deixar passar uma decisão histórica de um líder político, a agressão de um policial à um manifestante que desencadeia uma revolução nacional ou a Ísis Valverde comprando calcinhas. Mas não quero assustá-los (mais).

Mas por quê eu uso cada um dos recursos?

interação_jatefalei-5 interação_jatefalei-6Todo fotógrafo tem que ter um pouco de “vidente”. Se você está em um lugar e sabe que naquele evento vai ocorrer um fato que deve ser registrado, você tem a obrigação de se preparar e planejar para registrá-lo da melhor forma possível. Embora entre milhões de possibilidades você tenha que escolher uma, não existe exatamente uma única correta. Não se trata sempre de certo ou errado, se trata de escolhas. Existem diferentes interpretações para uma mesma situação e a chave para essa escolha está nas consequências de cada variável.

Por quê não posso fotografar sempre com ISO mínimo, velocidade alta e ampla abertura?

interação_jatefalei-4interação_jatefalei-2ISO alto resulta em granulação e ruído na imagem, mas também permite que você utilize velocidades maiores e previna o registro do movimento numa situação de baixa luminosidade. E aí, o que é mais importante? Uma imagem sem ruído e com arrasto de movimento, ou uma imagem com ruído e congelada? Depende da situação. Granulação é inadimissível numa foto de produto (Still) ou de moda, mas é irrelevante se o Papa der uma estrelinha na sua frente.

interação_jatefalei-9Visitando o Grand Canyon e fotografando a paisagem com um pôr do sol perfeito? Se você utilizar uma abertura ampla, f1.8 por exemplo, sua foto ficará desfocada, mas você entenderá como um míope enxerga as maravílhas do mundo. Se você pretende manter a paisagem em foco por completo, utilize uma abertura menor f22 por exemplo e diminua a velocidade, 1/50 de repente? já que a paisagem não vai se mover.

interação_jatefalei-13Fotografando uma bailarina ou um acrobata? Bom, eles sim vão se mover, e muito! Se sua intenção for congelar os movimentos, vai precisar de uma velocidade menor como 1/640. O que significa menos tempo para a luz entrar em sua câmera e subexposição. Mas, aumentando o espaço que a luz possui para entrar com uma abertura em f1.8, você consegue atingir uma exposição balanceada.

interação_jatefalei-12Decida a sua prioridade antes de cada clique, decida sua prioridade antes de sair de casa com sua câmera, decida sua prioridade até mesmo antes de comprar uma câmera. Você sabe o que te espera quando vai fotografar, entendendo as funções e consequências de cada recurso, você determina sua prioridade e decide qual será sua interpretação sobre cada cena, e você pode tomar tais decisões ainda em casa.

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Ou compre um Stand-up Pedal

Caso ou compro uma bicicleta?

Se você mora na cidade de São Paulo, compre uma bicicleta! A cidade está cheia de ciclovias e ciclofaixas, aproveite. Mas use capacete!

Qual o sentido da vida do Universo e tudo mais? 

42, óbvio!

Fotografia Clique a Clique – Tempo de Exposição e a Velocidade do Obturador

Vamos estudar frações?

Já conhecemos o sensor de nossa câmera e sabemos como controlar o ISO ou sua sensibilidade à luz. Mas podemos também controlar a quantidade de luz que nossa câmera permite que chegue ao sensor.

  • O Obturador

Quando utilizamos o termo “disparo” na fotografia, estamos nos referindo à esse mecanismo, o obturador. No momento em que você aperta esse botãozinho da sua câmera você dispara  esse mecanismo parecido com uma cortina que se abre e se fecha permitindo que a luz atinja seu sensor e seja registrada.

  • Velocidade do Obturador X Tempo de Exposição

Já pegou metrô na Sé às 18h? Pense em cada pessoa na plataforma como uma partícula de luz, (que poético, não?). Chega um trem vazio, esse trem é sua câmera, aquela multidão de partículas de luz se aglomera frente às portas, que se abrem. As partículas de luz, ou pessoas, se acotovelam para entrar, as portas se fecham e o trem parte. As portas são o seu obturador. O tempo que permanecem abertas controla a quantidade de luz/pessoas.

O que você determina nas configurações da sua câmera é a velocidade de funcionamento do mecanismo, a velocidade com a qual o mecanismo se abre e se fecha. Ao modificar a Velocidade do Obturador você controla o tempo que a luz tem para entrar na sua câmera.

Observe os exemplos abaixo:

Utilizei na cena acima exatamente as mesmas configurações modificando apenas a Velocidade do Obturador. Viu a diferença?

Subexposição: Com velocidades menores como 1/20, obtemos uma imagem com luz demais, perdendo as informações das partes mais claras.

Exposição balanceada: Com velocidades médias como 1/40 ou 1/80, obtemos uma imagem com um registro correto das informações. Variando apenas na sua leitura da cena, se você prefere a cena mais iluminada ou menos.

Superexposição: Com velocidades maiores como 1/160 ou 1/320, obtemos uma imagem com um registro insuficiente de luz. Perdendo informações de áreas mais escuras.

Claro que tais valores são relativos, numa cena externa bem iluminada é necessária uma velocidade muito maior para obter uma exposição balanceada, numa cena interna, ou noturna pouco iluminada, são necessárias velocidades muito menores para a obtenção da exposição balanceada.

Temos assim uma relação inversamente proporcional entre a velocidade do obturador e o tempo de exposição. Ao aumentar a velocidade do obturador se diminui o tempo de exposição, ao diminuir a velocidade do obturador se aumenta o tempo de exposição, controlando assim a quantidade de luz que alcança o sensor.

  • Frações

“Mas espera. O que são esses numerozinhos?”

O tempo de exposição é medido normalmente em segundos, mas quando falamos de fotografia 1 segundo é um tempo muito longo. Por isso, precisamos dividir em frações de segundos. Por exemplo, se o tempo de exposição estiver escrito como 1/10, estamos falando de 1 segundo dividido por 10, o que significa um tempo de exposição de 1 décimo de segundo. O mesmo vale para 1/80, ou 1/160, ou 1/320, ou 1/640. Quanto mais dividimos 1 segundo, menor o tempo de exposição.

  • Movimento

Uma consequência do tempo de exposição é a captação de movimento na imagem. Se o sensor permanece 1/10 segundo aberto, todo o movimento que ocorreu nesse décimo de segundo será captado. Observe os exemplos:

Captar o movimento de um objeto ou da câmera tem aplicações práticas muito interessantes que rendem assunto pra um post completo só sobre esse tema. Aguardem!

  • Na Prática

Para decidir todas as configurações da sua câmera para fazer uma fotografia, é necessário antes realizar a leitura da cena que será registrada, se a cena possui luz em excesso você pode utilizar velocidades mais baixas que além de captar menos luz, vão congelar qualquer movimento, se seu objetivo for captar os movimentos que estão ocorrendo na imagem será necessário utilizar velocidades menores de obturador.

Mas tudo depende da sua leitura e do seu objetivo ao registrar qualquer cena. Ao escolher cada configuração da sua câmera, é necessário estar consciente do resultado e das consequências da sua escolha.

Confira os outros posts da série “Clique a clique”:

Fotografia Clique a clique – ISO Sensibilidade do Sensor

Como combinado semana passada, hoje conversaremos sobre a primeira das variáveis principais que influenciam na exposição fotográfica; a Sensibilidade do Sensor ou Valor de ISO.

ISO é uma escala internacional de padronização da sensibilidade à estímulos luminosos de uma determinada superfície.  (ufa! Leia novamente com calma). Agora vamos por partes:

A fotografia é a captação ou registro de informações transmitidas por partículas de Luz, essas partículas são os fótons. Para capturá-los, é necessário algum tipo de superfície que intereja com tais partículas.

  • O que é o Sensor de Imagem?

Aquele filme fotográfico que utilizávamos há uns 20 anos era coberto com uma camada de produtos químicos que interagiam e registravam as informações contidas nos fótons. Mas o processo se modernizou, hoje, os fótons interagem com uma superfície coberta de sensores eletrônicos que reagem à luz. Ou seja, o Sensor de hoje é o Filme de ontem, o sensor de imagem é a superfície que registra a luz.

  • Registro de Informação: Pixels

O Sensor da sua câmera “traduz” a luz em impulsos elétricos. Para isso, ele é dividido e mapeado por uma espécie de “rede” que vai registrar as informações de Luz captadas para que seja reproduzida novamente no visor da sua câmera ou na tela do seu computador. Cada espaço entre as linhas verticais e horizontais  é uma unidade de imagem conhecida como Pixel, se sua câmera possui 16 Megapixels ela possui 16 milhões de pixels. Cada Pixel é preenchido com informações específicas de cor e quantidade de luz da cena que você está fotografando.

  • Quantidade de Luz

ISOxLuzA exposição fotográfica balanceada ocorre quando é captada uma quantidade suficiente de luz, lembra? Nem luz demais, nem luz de menos. Quando você fotografa com um ISO MENOR, você precisa de uma quantidade MAIOR de luz. Fotografando com um ISO MAIOR você precisa de uma quantidade MENOR de luz. Ou seja, a relação entre o valor de ISO é inversamente proporcional à quantidade de luz necessária ou disponível para captar a cena.

Utilizei na cena acima exatamente a mesma iluminação e configurações modificando apenas o valor do ISO. Viu a diferença?

Subexposição: Com ISO 100 e 200 o sensor da minha câmera teve dificuldades em captar luz suficiente para expor a cena corretamente, pixels que deveriam possuir alguma cor não registraram luz alguma e permaneceram pretos.

Exposição balanceada: Entre ISO 400 e 800 a exposição está correta e você pode optar por qual leitura da cena agrada mais aos seus olhos. Cada pixel registrou a informação de cor correta, apenas com alguma diferença na quantidade de luz.

Superexposição: Acima de ISO 3200, o sensor captou luz demais, pixels que deveriam ter sido preenchidos com cor, registraram muita luz e se tornaram brancos.

  • Ruído

Por que, então não fotografamos sempre com uma alta sensibilidade de ISO? Pra quê tantas configurações diferentes? Bom, eu também já me perguntei isso, e encontrei a resposta na prática. Abaixo, fiz uma comparação entre diferentes valores de ISO mantendo a exposição corretamente balanceada, observe:

Maiores valores de ISO geram na imagem o chamado “Ruído”. Isso ocorre quando alguns pixels não conseguem registrar as informações corretamente e se tornam simplesmente cinza.

É o fim do mundo? Não! Claro que existem momentos em que é essencial manter a qualidade da imagem e fazer algum esforço para que o ISO permaneça baixo e sem ruído, mas, a tecnologia atual nos permite fotografar com um ruído mínimo e imperceptível até ISOs em torno de 800 ou 1600. Devemos considerar também que existem momentos nos quais o simples registro da imagem é muito mais importante que a qualidade da imagem.

  • Na prática

Com a fotografia digital podemos mudar o Valor de ISO quando bem entendermos, na era da fotografia analógica não. Nossos antecessores, ou até alguns de vocês carregavam vários filmes cada um com um valor de ISO diferente, e quando você colocava um filme na câmera, era necessário finalizá-lo para que fosse trocado.

Então não reclame de um pouquinho de ruído em ISO 800, o ruído muitas vezes proporciona um aspecto interessante de textura para a foto, se bem utilizado. Mas conheça o seu equipamento, faça esse teste e descubra até que ponto sua câmera lida bem com o ruído, e a partir de onde o ruído estraga a imagem.

Confira os outros posts da série “Clique a clique”:

Fotografia Clique a Clique – Mês da Exposição Fotográfica

Quero estrear hoje uma nova sessão aqui na nossa conversa fotográfica semanal. De tempos em tempos quero trazer questões pontuais sobre o universo da fotografia, explicações técnicas dos conceitos, sobre equipamentos, guias de uso, dicas práticas sobre as principais técnicas e suas aplicações. Faremos guias passo a passo, ou clique a clique para cada conceito.

Para começarmos bem, durante todo o mês de Novembro vamos estudar uma introdução para um dos conceitos mais importantes da fotografia.

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Foto por Luciana Macedo – Photo Dreams

Como conversamos semana passada, a Luz é nossa matéria prima  e dominando suas propriedades, dominamos nosso processo criativo. Mas precisamos domá-la, capturá-la, e nosso instrumento é nossa Câmera.

Vamos desconsiderar os diferentes tipos de Câmeras, os princípios básicos de funcionamento se aplicam desde o seu celular até o sua DSLR de R$18,000 (por que todos temos uma, certo?! não? ok).

O obturador se abre, como uma cortina, a Luz atravessa sua lente entra por uma pequena abertura variável, é projetada num material que registra aquelas informações, o obturador se fecha. Ponto. Esse é o funcionamento de qualquer camera, qualquer! Pronto, acabou, pode ir! (mentira, tem mais sim!)

Esse é o processo conhecido como Exposição Fotográfica. A partir do qual, um material sensível é exposto à Luz que fica registrada. Esse material pode ser um filme com elementos químicos reativos ou um sensor eletrônico. A Exposição Fotográfica tem três variáveis principais: a Abertura do Diafragma, Velocidade do Obturador e Sensibilidade do Sensor (ISO).

A cada semana do mês de novembro vamos estudar um desses temas, e fecharemos com uma explicação sobre como essas três variáveis interferem entre si. E se você é um visitante do futuro, segue aí os links pra cada Post:

  • ISO – Sensibilidade do Sensor
  • Velocidade do Obturador
  • Abertura do Diafragma

Mudando de assunto: Notou que minha foto de capa não foi feita por mim? (jura?) Minha querida amiga e colega de profissão Luciana Macedo, fotógrafa da Baixada Santista especializada em ensaios familiares, grávidas, newborn e eventos, que fez! Clica aí no Link da página do facebook da Photo Dreams,  empresa dela, e vai conhecer um pouquinho do trabalho lindo dessa fotógrafa incrível! Obrigado, Lu!

Photo Dreams por Luciana Macedo

Confira os outros posts da série “Clique a clique”:

Composição Fotográfica – Introdução ao Enquadramento

Desde os primeiros posts venho insistindo na importância do olhar para a fotografia, a composição fotográfica é o termo técnico que traduz essa idéia. Podemos resumir a fotografia como um recorte da realidade à nossa volta, hoje, quero dividir com vocês alguns truques básicos que vão te ajudar a destacar sua fotografia e torná-la mais atraente para o olhar do outro.

  • Enquadramento

Olhe à sua volta… Imagine que você tem em mãos uma moldura e quando você a posiciona entre seus olhos e um objeto, aquela imagem é captada. É assim que funciona na fotografia, você possui um espaço de uma forma determinada e vai preenche-lo com os elementos que considerar importantes. O Enquadramento, permite que você escolha, posicione e organize os elementos que participarão da composição naquele espaço.

Universalmente, a fotografia segue duas formas geométricas básicas para enquadrar uma cena: O retângulo é a forma mais tradicional, largamente utilizada e padrão na grande maioria dos aparelhos fotográficos. Mas no início, na fotografia analógica de grandes formatos, o recorte quadrado era amplamente utilizado. Apesar de ter sido pouco explorado por algumas décadas, desde outubro de 2010, esse formato foi ressuscitado por uma rede social que vou deixá-los advinhar o nome valendo um abraço para quem acertar nos comentários.

  • Orientação:

Voltando ao formato retangular, a fotografia segue duas orientações básicas.

Landscape (Paisagem – Orientação Horizontal): Muito utilizada para fotografias de paisagens, grupos de pessoas, cenas cotidianas, ações, ambientação em retratos. Em Landscape você proporciona ao observador um espaço para ambientar o objeto principal, um espaço que pode proporcionar sensação de movimento, é a utilização do vazio na composição. Esse vazio, conhecido como espaço negativo evoca no observador uma sensação de inquietude no olhar, isso vai atrair a atenção e incomodar o suficiente para que a fotografia seja observada por um tempo mais longo. Esse formato proporciona uma observação de dentro para fora ou de um lado ao outro da imagem.

Portrait (Retrato – Orientação Vertical): Utilizada principalmente em retratos,  fotografia de rosto (incluindo selfie no facebook). Em portrait, você cria uma relação íntima com o objeto fotografado. O espaço limitado lateralmente cria uma sensação de profundidade, o olhar viaja de fora para dentro, praticamente em espiral em direção ao centro ou um ponto específico  da imagem.

jatefalei_fredrovella_composicao-12A orientação diagonal também é possível, é uma forma de quebrar a regra para obter resultados que podem ser surpreendentemente bons quando bem aplicada, ou podem cair numa mesmice que incomoda sem proporcionar nenhum benefício à sua fotografia. portanto cuidado ao utilizá-la.

Abaixo, segue uma comparação da mesma cena retratada em duas orientações diferentes, note as diferenças entre os movimentos e os caminhos que o olhar segue em cada uma:

A composição fotográfica é provavelmente sua ferramenta criativa mais poderosa e mais simples, transcende o equipamento podendo ser aplicado desde celulares até câmeras profissionais e proporciona um controle sobre aquilo que você quer registrar e a forma como será registrado, dependendo exclusivamente do seu olhar e da sua criatividade.

Cameras e equipamentos – o que é indispensável?

Quando se descobre o amor pela Fotografia, queremos tudo de uma só vez, temos pressa, por isso, hoje trataremos de um assunto mais prático: A câmera. O que eu devo comprar para sair por aí fotografando? O que é essencial? O que é indispensável?

Vamos lá,  abaixo fiz uma lista com os principais tipos de câmeras e suas aplicações.

  • Celulares
Fotografia com Celular
Fotografia com Celular

“O melhor equipamento é aquele que você tem” e quem aí anda sem celular? Você vai ouvir muito isso por aí, essa frase tem suas razões e seus enganos. Compacto, leve, prático, ágil, simples de usar, muitas vezes surpreende na qualidade das imagens. Mas não se engane, o celular não vai fazer tudo por você. Foi assim que eu comecei, e é uma boa forma de aprender e desenvolver muitas habilidades e conhecimentos necessários pra começar entender a fotografia.

Fotografia com Celular
Fotografia com Celular

A praticidade da câmera do celular liberta da complexidade técnica da fotografia e te permite experimentar, e por que não? brincar de fotografar. Assim você desenvolve seu olhar, você fotografa de uma forma divertida e descompromissada, nem que seja só pra postar no instagram (Falando nisso, me segue lá @vichiarello)

  • Compactas (point and shoot)
Câmera Compacta
Câmera Compacta

Seguindo a mesma linha do celular, as câmeras compactas ou point n´ shoot, proporcionam um pouco mais de liberdade criativa e técnica. Muitos dos celulares mais avançados, já alcançam a qualidade de imagem e recursos das câmeras compactas. Mas essa categoria sempre terá um espaço especial.

Câmera Compacta
Câmera Compacta

As câmeras compactas contrapõem a velocidade de compartilhamento dos celulares e te obrigam a parar e observar suas imagens. Aqui você pode começar a escolher com calma o que vai publicar e até mesmo editar suas fotografias abrindo um novo universo de possibilidades da pós produção.

  • DSLR (Semi-profissionais e profissionais)
Câmera DSLR
Câmera DSLR

“SLR” se refere a um sistema de funcionamento de um tipo de câmera fotográfica. A sigla significa “Single-Lens Reflex”, traduzindo: Reflex Monobjetiva, o “D” significa apenas “Digital”. essa sigla descreve o princípio de funcionamento da câmera que possui um jogo de espelhos  para que se observe a imagem exatamente como será captada. Mas deixarei as explicações técnicas para um próximo post. Vamos falar de suas utilidades.

Câmera DSLR
Câmera DSLR

A questão aqui é o quanto você quer aprender sobre fotografia? Mesmo a fotografia sendo apenas um hobby para você, uma DSLR exige domínio técnico do equipamento e muito conhecimento teórico e prático sobre fotografia. Mesmo em modo totalmente automático, essa câmera vai fazer imagens horríveis nas mãos erradas.

DSLR nas mãos do meu irmão (desculpa Fellipe)
DSLR nas mãos do meu irmão (desculpa Fellipe)

Mas se sua intenção é aprender e levar a fotografia, à sério (mesmo como hobby), uma DSLR e todos os equipamentos que acompanham esse sistema proporcionam controle criativo total sobre a luz e a produção da imagem. É aqui que você descobre que fotografia vai muito além de “apenas apertar um botão” como aposto que você também já ouviu.

  • Mirrorless

Uma categoria relativamente nova na fotografia, são câmeras desenvolvidas pensando em formas de mesclar o melhor das câmeras compactas, com o melhor das DSLR. Tem lentes intercambiáveis como as DSLR mas ainda assim são compactas mantendo a facilidade de uso com amplo controle criativo e qualidade de imagem incrível. Muitos fotógrafos profissionais tem experimentado e até mesmo trabalham com  esse tipo de câmera em situações que não exigem rigor técnico.

Ainda existem muitos outros tipos de câmeras e obviamente cada uma tem suas especificidades, cada uma tem seu lugar. Mas a melhor ferramenta que eu  posso indicar não está nas suas mãos. O mais importante para quem gosta de fotografia e quer fazer boas imagens, é o conhecimento. Esse é um investimento que nunca é perdido, não pode ser roubado e não se torna obsoleto. Estude, aprenda e desenvolva seu olhar, essa é a única forma de garantir melhores imagens, apenas isso é indispensável!